Apuração e empatia são chaves para a comunicação estratégica de qualidade, diz Wendel Palhares em workshop


29/04/2025 18:21 | Comunicação

Apuração e empatia são chaves para a comunicação estratégica de qualidade, diz Wendel Palhares em workshop

Secretário de Comunicação deu palestra no Workshop de Comunicação Pública e apresentou case de sucesso na gestão de crise


Segundo Wendel, em situações críticas, o primeiro passo é a apuração rigorosa dos fatos

Thiago Sampaio / Agência Alagoas

Ana Beatriz Rodrigues / Agência Alagoas

O secretário de Estado da Comunicação, Wendel
Palhares, foi um dos palestrantes desta terça-feira (29) no Workshop de Comunicação
Política, que ocorreu no auditório do Sebrae. Wendel falou sobre crise,
influências e estratégias: o caso de Endy Mesquita. O evento teve como objetivo
expandir o conhecimento, fazer conexões e discutir as temáticas mais atuais da
comunicação pública, em especial a comunicação política.

 

 

O caso Endy Mesquita se refere a uma ação de
vandalismo que o ateliê da empresária e influenciadora digital alagoana sofreu
no início do mês de abril. O ateliê fica localizado no bairro da Ponta Verde,
em Maceió.

  

 

A loja foi danificada e produtos foram furtados,
com a empresária expressando sua revolta nas redes sociais. A postagem chegou a
mais de 4 mil comentários, grande parte deles citando o Governo como principal
culpado pelo vandalismo, gerando o que, na comunicação, trata-se como crise.

 

Wendel enfatizou que, em situações críticas, o
primeiro passo é a apuração rigorosa dos fatos. A estratégia adotada pela
equipe da Secom envolveu a apuração e verificação de informações junto à Segurança
Pública e à própria vítima. A partir dessa apuração foi possível apresentar a versão
correta sobre o ocorrido, evidenciando que a Polícia Militar cumpriu seu papel ao
prender o suspeito em três situações, mas que ele havia sido liberado posteriormente
por decisão judicial.

 

 

“Antes de pensar em qualquer estratégia, é preciso
entender a história de forma completa, ouvir todas as fontes e compreender as
dores envolvidas. Quando apuramos, descobrimos que houve prisões e soltura pela
Justiça, e a percepção de culpa recaiu sobre o governo. Mas, com a informação
apurada e circulada estrategicamente, o entendimento se altera e a
responsabilidade é corretamente atribuída, que neste caso, é da Justiça”,
explicou.

 

 

De acordo com Wendel, a secretaria atua em três
pilares: empatia, respeito e responsabilidade, valores que, segundo ele,
norteiam a comunicação pública em momentos de crise.

Neurociência para entender o caminho da comunicação

 

 

Durante o Workshop, o secretário também
compartilhou as metodologias utilizadas para análise do público durante a
crise. Uma dessas metodologias é conhecida como ‘eyetracking’, ou rastreamento
do olhar, que consegue identificar em que pontos dos conteúdos as pessoas
focavam sua atenção. Wendel falou ainda da aplicação de técnicas de
neurociência, como o uso de eletroencefalograma, para medir os sentimentos
gerados pela comunicação oficial.

 

Os estudos indicaram que a maioria dos leitores se
concentra no primeiro parágrafo das publicações, na legenda e nas curtidas,
reforçando a necessidade de transmitir a mensagem principal de forma clara e
imediata.

 

“A gestão estratégica de crise é também uma gestão
da percepção. Precisamos entender como as pessoas reagem à informação, onde
olham primeiro, o que sentem e como constroem sua opinião. E sempre com empatia
e responsabilidade, porque este é o verdadeiro papel da comunicação pública”,
concluiu Wendel.





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