Luz do capacete e desespero: veja imagens logo após queda de Juliana


Imagens inéditas mostram as primeiras tentativas de resgate da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair em um penhasco, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O vídeo foi registrado pelo próprio guia da jovem e mostra a lanterna do capacete de Juliana acesa.

De acordo com o pai da jovem, Manoel Marins, Juliana caiu por volta das 4h, porém, as imagens foram gravadas por volta das 6h08, quando o guia fez o registro e enviou ao chefe dele. Na gravação o guia diz: “Ela caiu em um penhasco”.

Após o envio do vídeo, segundo o pai de Juliana, o parque acionou a uma brigada de primeiros socorros, que iniciou a subida por volta das 8h30. A equipe só chegou ao local do acidente às 14h.

Imagens exibidas pelo Fantástico, da TV Globo, mostram o momento em que o guia tenta descer no local onde a jovem estava usando apenas uma corda.

Veja:

 


Cronologia

  • Sábado (21/6): Juliana Marins fazia uma trilha no Monte Rinjani e cai cerca de 200m em terreno íngreme do vulcão. Buscas começam, e a turista é filmada por drone sentada na encosta. Nas imagens ela ainda se mexe.
  • Domingo (22/6): Resgate é suspenso por causa das condições climáticas na região, com muita neblina. Itamaraty informa que estava em contato direto com autoridades locais
  • Segunda-feira (23/6): Drone operado por resgatistas chega até a jovem. Ela aparece imóvel a 400m do penhasco do vulcão.
  • Terça-feira (24/6): Equipes de resgate encontram o corpo de Juliana a 600 metros de profundidade.
  • Quarta-feira (25/6): O corpo da brasileira é retirado do Monte Rinjani, já sem vida. Juliana é içada com uso de cordas. O processo de evacuação por helicóptero não pôde ser realizado devido às condições climáticas.

Demora no resgate

De acordo com Manoel Marins, a primeira tentativa de resgate de Juliana foi feita apenas com uma corda. Segundo ele, o guia tentou de forma “desesperada”, descer no local em que a filha estava sem ancoragem, com a corda amarrada na cintura.

A Defesa Civil da Indonésia (Basarnas) só foi acionada mais tarde e, segundo a família, chegou ao local por volta das 19h. Juliana foi encontrada morta três dias após o acidente.

O laudo divulgado na última sexta-feira (27/6) apontou hemorragia interna causada por uma lesão no tórax. A morte teria ocorrido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo, feita na manhã de quarta-feira.

Juliana estava sozinha no momento do acidente e seguia por uma área considerada perigosa. As autoridades locais chegaram a suspender temporariamente o acesso à trilha para facilitar os trabalhos de resgate, reabrindo o trajeto somente neste sábado (28/6).

Justiça

Agora, família da jovem agora busca Justiça. “Os culpados, no meu entendimento, são o Guia, que deixou Juliana sozinha para fumar, 40 ou 50 minutos, tirou os olhos dela. A empresa que vende os passeios, porque esses passeios são vendidos em banquinha como sendo trilhas fáceis de fazer. Mas o primeiro culpado, que eu considero o culpado maior, é o coordenador do Parque. Ele demorou a acionar a Defesa Civil”, disse o pai.

A prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, custeou o traslado do corpo e prestou homenagem nomeando um mirante em sua memória. A data do traslado ainda não foi definida.



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