Em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (20), a PF (Polícia Federal) afirma ter identificado que Eduardo e Jair Bolsonaro (PL) contam com o “auxílio de material de terceiros” para uma finalidade criminosa, e que o pastor Silas Malafaia estaria envolvido.
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Eduardo e Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte de Malafaia.
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“Ademais, foi possível identificar que os investigados JAIR e EDUARDO BOLSONARO contam com o auxílio material de terceiros — que, atuando em unidade de desígnios — agem de forma direta para consecução da finalidade criminosa. Conforme será demonstrado mais adiante, as ações de colaboração dos demais investigados são realizadas de forma estruturada, a partir de divisão de tarefas, de modo síncrono e ajustada a estratégia criminosa, atualmente em plena continuidade delitiva”, aponta o relatório final da PF.
“Nesse contexto, a análise do material probatório arrecadado identificou que o indivíduo SILAS LIMA MALAFAIA, conhecido líder religioso, vem atuando de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas”, acrescenta.
Malafaia teve seu celular apreendido nesta quarta-feira (20), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A PF teve acesso ao celular de Jair Bolsonaro em 4 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. Moraes entendeu que o ex-presidente descumpriu medidas cautelas impostas por ele e determinou sua prisão domiciliar, além do apreensão do aparelho eletrônico.
A Polícia adiciona que as novas informações encontradas no celular do ex-presidente corroboram a hipótese de um “conjunto orquestrado de ações” praticadas pelos investigados que tinham como objetivo coagir membro do Judiciário e do Legislativo.
As conversas recuperadas no celular de Bolsonaro aconteceram entre 13 de junho e 18 de julho deste ano.
Aliado do ex-presidente, Malafaia financia e organiza parte das manifestações envolvendo o ex-presidente.