Quando salvou em seu celular a minuta de um pedido de asilo ao presidente da Argentina, Javier Milei, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro enfrentava um forte temor de ser preso preventivamente, antes de seu julgamento no STF.
Segundo relatório da Polícia Federal divulgado na quarta-feira (20/8), o pedido de asilo foi salvo no celular de Bolsonaro em fevereiro de 2024, dias após o ex-presidente ter sido alvo de uma operação enquanto estava em Angra dos Reis (RJ).


O ex-presidente Jair Bolsonaro
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Jair Bolsonaro
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
No dia 8 de fevereiro, policiais federais foram até a casa de veraneio de Bolsonaro em Angra para apreender o passaporte do ex-mandatário. Assessores dele também foram alvos da operação naquele dia. Alguns deles foram, inclusive, presos.
O receio de ser preso era tão grande que, nos dias seguintes à operação em sua casa em Angra, Bolsonaro se refugiou na embaixada da Hungria, em Brasília, país governado pelo primeiro-ministro ultra-direitista Viktor Orbán.
O pedido de asilo à Argentina seria mais uma “rota de fuga” planejada por Bolsonaro, diante do avanço da ofensiva do STF no chamado inquérito do golpe, cujo julgamento está marcado para começar em 2 de setembro, na Primeira Turma da Corte.
Desde 4 de agosto de 2025, Bolsonaro está em prisão domiciliar. Mas não pela suposta tentativa de golpe de Estado. Ele foi detido justamente no inquérito que apura ações dele e do filho Eduardo em busca de sanções dos EUA contra autoridades brasileiras.