O colombiano Teo Gutiérrez, enfrenta uma nova polêmica. Desta vez, jogador (que jogou a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e marcou um gol) foi denunciado à Procuradoria-Geral da República por Gastón Santo Marriaga González, que o acusa de tê-lo ameaçado de morte após uma disputa sobre um empréstimo. O valor do dinheiro teria sido de 180 milhões de pesos (cerca de R$ 244 mil).
A denúncia, que agora está nas mãos das autoridades, baseia-se em uma suposta ameaça à vida e à integridade pessoal de Marriaga, que alegou que, após vários meses sem pagar os juros acordados, Gutiérrez reagiu com palavras intimidatórias que o deixaram com fundados temores pela sua segurança.
Segundo a denúncia, em fevereiro de 2024, ambas as partes chegaram a um acordo verbal pelo qual Marriaga emprestou ao jogador uma quantia em dinheiro para lidar com uma emergência financeira. O acordo incluía o pagamento de juros, que foi feito regularmente até abril de 2025, quando as transferências foram suspensas.
A situação se tornou crítica em 12 de agosto, durante uma reunião convocada para um acerto de contas. Segundo Marriaga, Teo se recusou a pagar os juros vencidos, equivalentes a aproximadamente quatro meses, e, em meio à discussão, o ameaçou diretamente.
O denunciante alegou que, após repreendê-lo por não ter seguido o acordo, o jogador respondeu dizendo-lhe para “fazer o que quisesse” e intimidando-o com a frase: “Um dia me encontrarão com a boca cheia de moscas”. Essas palavras, ele afirma, o fizeram sentir-se em perigo iminente. Embora Marriaga tenha reagido de forma desafiadora, o encontro terminou com Gutiérrez saindo, acompanhado por uma escolta.
Provas e medos da vítima
Em sua denúncia, Marriaga afirmou que teme seriamente por sua vida e responsabilizou Teo Gutiérrez diretamente caso ele sofresse qualquer ataque. “Dada a notoriedade do jogador, qualquer coisa que me aconteça deve ser atribuída a ele”, afirmou.
O caso, segundo o autor da denúncia, é sustentado por provas documentais e digitais: áudios, capturas de tela de conversas do WhatsApp e uma letra de câmbio formalizando a dívida. Ele também afirmou estar disposto a apresentar testemunhas oculares da reunião quando o Ministério Público solicitar.
Uma história marcada pela controvérsia
Este episódio judicial se soma à lista de escândalos que assolaram a carreira de Gutiérrez. Ele era figura importante em Barranquilla, mas com um histórico de comportamento problemático. Um dos incidentes mais memoráveis ocorreu em abril de 2012, quando ele jogava pelo Racing, da Argentina. Após perder um clássico por 4 a 1 para o Independiente, ele se envolveu em uma briga violenta no vestiário e chegou a sacar uma arma de airsoft para intimidar seus companheiros de equipe.
O incidente, que exigiu intervenção policial, levou à sua saída imediata do clube e marcou uma virada em sua carreira. Em 2017, ele foi novamente alvo de um escândalo no Junior de Barranquilla, quando foi acusado de enviar mensagens para Gladys Ortega, mulher do atacante paraguaio Roberto Ovelar. A situação desencadeou um acirrado conflito interno que culminou na saída de Ovelar do time em 2018.
Em 2023, durante uma partida contra o Deportes Tolima, ele foi denunciado por uma mulher da logística que o acusou de toque inapropriado. O caso chegou ao Ministério Público, mas foi encerrado após um acordo entre as partes, embora tenha novamente colocado em dúvida sua imagem pública.
Ao longo de sua carreira, Gutiérrez também teve saídas abruptas de times como Trabzonspor (Turquia), Lanús (Argentina), Cruz Azul (México) e River Plate (Argentina), quase sempre em meio a disputas contratuais, acusações de indisciplina ou problemas legais. Até suas comemorações geraram polêmica. Em uma partida contra o Rosario Central, após marcar um gol contra o Boca Juniors, ele desenhou a faixa do River Plate no peito, gerando indignação entre os torcedores e resultando em sua expulsão.