A defesa de Larissa afirma que vai ingressar com ações nas esferas cível, trabalhista e, possivelmente, criminal. O advogado Paulo Ferreira classificou as metas como abusivas e afirmou que Larissa era considerada uma das melhores funcionárias do setor. “A perda do carro e a forma como foi tratada causaram revolta”, disse.
Para Larissa, “desganhar o carro” foi mais do que uma frustração — foi uma experiência de humilhação. “Foi frustrante e humilhante, pois fui enganada com tudo isso”, disse ao UOL.
Ela conta que trabalhava há nove meses na empresa, tinha bom relacionamento com colegas e até havia sido promovida. “Nunca tive nenhum desentendimento com ninguém”, afirmou. O dia do sorteio, segundo ela, foi marcado por empolgação e euforia. “Parecia um sonho. Me senti reconhecida naquele momento”.
A empresa foi questionada pelo UOL sobre a legalidade do sorteio, a transparência das metas e a condição do veículo. Até a conclusão desta reportagem, a Quadri Contabilidade não havia se manifestado.
Histórico de sinistro
Larissa afirma que o carro apresentava problemas mecânicos desde o primeiro dia. “Apareciam alertas no painel sobre manutenção do motor, luz de freio e farol diurno. O para-brisa estava trincado, a bateria fraca, e vários defeitos foram surgindo”, relatou ao UOL.