Comumente visto como algo ruim, o colesterol desempenha funções importantes no organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, a substância faz parte da estrutura das células e é crucial para a produção de alguns hormônios e de vitaminas. Além disso, o colesterol forma ácidos biliares, que atuam na digestão.
Contudo, isso passa a ser um problema quando existe o excesso da partícula LDL–colesterol, conhecida popularmente como “colesterol ruim”, no corpo. Altos níveis de colesterol LDL estão associados à aterosclerose, que é o acúmulo de depósitos de gordura ricos em colesterol nas artérias. Isso pode causar o estreitamento ou o bloqueio das artérias, retardando ou interrompendo o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, especialmente o coração e o cérebro. Uma dieta, em especial, pode ajudar quem precisa amenizar esse problema de saúde.
Entenda!
A aterosclerose que afeta o coração é chamada de doença arterial coronariana e pode causar um ataque cardíaco. Quando a aterosclerose bloqueia as artérias que fornecem sangue ao cérebro pode resultar em um derrame.
Nessas circunstâncias, o ideal é optar por uma alimentação saudável, rica em alimentos in natura ou minimamente processados, sem excessos de gorduras saturadas (originadas da gordura de produtos animais).

Nova diretriz da SBC estabelece limites mais rígidos para colesterol
Conforme o Metrópoles noticiou esta semana, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou uma atualização de suas diretrizes sobre colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares. As novas regras tornam as metas mais rígidas, incluem a categoria de risco extremo e recomendam a dosagem da lipoproteína(a), conhecida como Lp(a), pela primeira vez.
De acordo com as novas metas, indivíduos de baixo risco cardiovascular devem manter o LDL abaixo de 115 mg/dL. Já para quem apresenta risco extremo — pacientes com eventos recorrentes, progressão acelerada da aterosclerose ou condições graves associadas —, o limite passa a ser de 40 mg/dL.
“A grande novidade é a criação da categoria de risco cardiovascular extremo. Esses pacientes demandam acompanhamento contínuo, metas ainda mais rígidas e início precoce de terapia combinada”, explicou a cardiologista Nara Kobbaz, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Outro ponto inédito é a recomendação de medir ao menos uma vez na vida a lipoproteína(a). O exame é importante, porque esse marcador tem forte influência genética e pode reclassificar o risco do paciente, mesmo em quem não apresenta fatores tradicionais.

A melhor dieta para reduzir o colesterol, segundo Harvard
Segundo uma publicação de Harvard, a dieta mais eficaz para reduzir o colesterol total e o LDL é a vegetariana. No entanto, esse não é um regime fácil de seguir. Logo, muitas pessoas têm preferência por uma dieta mediterrânea, que significa:
- Obter a maior parte das calorias diárias dos alimentos de fontes vegetais, especialmente frutas e vegetais, grãos, feijões, nozes e sementes;
- Usar o azeite de oliva como gordura principal, substituindo outras gorduras e óleos;
- Comer queijo com baixo teor de gordura e/ou iogurte diariamente;
- Consumir peixe pelo menos algumas vezes por semana;
- Limitar alimentos processados;
- Beber álcool com moderação, a menos que não haja indicação médica — não mais do que duas bebidas por dia para homens e uma por dia para mulheres.

“Para manter um peso ideal, você deve ingerir apenas a quantidade de calorias que queima por dia. Se você precisa perder peso, precisa ingerir menos calorias do que queima”, diz Harvard.
É importante frisar que, além das mudanças na rotina alimentar, a atividade física é um hábito essencial para manter o controle do colesterol. Não deixe de consultar com um profissional de saúde para melhores orientações.
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