
Polícia optou por por borrar trechos do e-mail enviado à delegacia pela vítima, para preservá-la — Foto: Polícia Civil
Uma mulher foi estuprada por um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) dentro da própria casa, após acionar a concessionária por estar sem luz em casa. As informações são da delegada Cláudia Kruger, que explica que dois prestadores de serviço foram até a residência prestar atendimento ao chamado. ACOMPANHE O ALAGOAS 24 HORAS…
Uma mulher foi estuprada por um eletricista terceirizado da Companhia Paranaense de Energia (Copel) dentro da própria casa, após acionar a concessionária por estar sem luz em casa. As informações são da delegada Cláudia Kruger, que explica que dois prestadores de serviço foram até a residência prestar atendimento ao chamado.
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“Um deles foi com a vítima até o porão da casa, a fim de buscar uma ferramenta para a execução do reparo, e foi naquele local que o investigado praticou o abuso sexual”, explica a delegada.
A vítima tem 18 anos e mora em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, com a avó. Ela disse à polícia que o crime aconteceu no dia 30 de maio, mas ela ficou sem reação e decidiu denunciar apenas dias depois, por meio de e-mail. Veja um trecho abaixo.
“Hoje mais cedo minha residência ficou sem luz, então chamamos a Copel para ver. Ela [a empresa] veio, e durante o trabalho deles um dos moços que veio me roubou um beijo e me levou para o porão, porque ia procurar uma ferramenta lá. Só que, nisso, ele já foi querendo fazer algo a mais. No momento eu fiquei em choque, sem saber o que fazer, houve penetração […], eu não queria aquilo, mas não consegui falar na hora. Depois de alguns segundos eu falei pra ele parar porque fiquei com medo de engravidar, daí ele parou e a gente subiu pra casa”, diz o trecho divulgado do e-mail.
A vítima foi até a delegacia para formalizar a declaração no dia 9 de junho e, nesta segunda-feira (7), a Polícia Civil divulgou que indiciou o homem de 33 anos por estupro.
A delegada conta que ouviu testemunhas que corroboram com a versão da vítima, e que tanto a Copel, quanto a empresa terceirizada colaboraram com as investigações e auxiliaram na identificação do suspeito.
O nome dele e o da empresa não foram revelados. Segundo a delegada, isso se deve porque casos envolvendo crimes sexuais são sigilosos.
Em nota, a Copel disse que assim que recebeu a denúncia oficiou a empresa terceirizada sobre a acusação e solicitou apuração a respeito.
“No mesmo dia 6 de junho a Copel procurou a Delegacia da Mulher em Ponta Grossa para se colocar à disposição e colaborar na investigação. A empresa terceirizada comunicou a Copel que o funcionário acusado foi desligado dos seus quadros. O assunto segue com as autoridades policiais”, complementa a Companhia.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que agora avalia se oficializa, ou não, a denúncia criminal contra o suspeito. Para o crime de estupro, o Código Penal prevê pena de até 10 anos de prisão.
De acordo com a delegada, o homem não foi preso porque não foi denunciado a tempo de flagrante. Ela também afirma que não se descarta a solicitação de prisão preventiva ou temporária durante o processo.
O g1 tenta identificar a defesa do suspeito.
Denúncias
Denúncias sobre quaisquer situações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou, 181, do Disque-Denúncia.
Se o crime estiver acontecendo naquele momento e houver alguém em situação de perigo, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190.
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