Polícia mira quadrilha que compartilhava fotos íntimas de meninas e mulheres na internet e forçava vítimas a automutilação


Foto: Reprodução/TV Globo

Quatro pessoas foram presas, e quatro menores, apreendidos, na manhã desta segunda-feira (30), em uma operação da Polícia Civil contra uma quadrilha que compartilhava imagens íntimas de vítimas nas redes sociais. Os crimes eram cometidos contra meninas e mulheres com idades entre 11 e 19 anos. A ação é comandada pela Delegacia de Atendimento à…

Quatro pessoas foram presas, e quatro menores, apreendidos, na manhã desta segunda-feira (30), em uma operação da Polícia Civil contra uma quadrilha que compartilhava imagens íntimas de vítimas nas redes sociais. Os crimes eram cometidos contra meninas e mulheres com idades entre 11 e 19 anos.

A ação é comandada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A operação acontece em 21 cidades de 8 estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Amazonas, Goiás, Piauí e no Distrito Federal.

No Rio de Janeiro, os mandados foram cumpridos nas cidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu.

Três mandados de prisão foram cumpridos, e um foragido foi capturado. Um dos alvos não foi localizado.

Ao todo, os investigadores também buscam cumprir 32 mandados de busca e apreensão.

Todos os alvos da operação são homens maiores idade que são investigados por crimes sexuais, tortura, ameaça, misoginia e racismo.

Um dos presos é o militar da Aeronáutica Pedro Henrique Silva Lourenço que, de acordo com a polícia, é suspeito de aliciar as vítimas, que eram obrigadas a participar de “desafios” nos quais eram obrigadas a se automutilar. Quem não cumpria tinha imagens íntimas divulgadas.

Ele foi questionado, mas preferiu não se manifestar. Procurada, a Aeronáutica não respondeu.

Também foram presos: Gustavo Barbosa da Silva e João Vitor França de Souza. Vitor Bruno Tavares, que já estava preso, teve a prisão convertida de temporária para preventiva.

A TV Globo não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.

O ponto de partida das investigações foi uma denúncia feita pela mãe de uma menor de 16 anos em abril deste ano. Ela procurou a Deam para denunciar que a adolescente teve imagens íntimas expostas nas redes sociais.

Os agentes investigaram e descobriram a existência de um grupo criminoso que fez o mesmo com dezenas de mulheres em vários pontos do país.

Os policiais afirmam que o grupo tinha um acervo de 80 mil arquivos contendo vídeos, fotos e conversas com cunho íntimo que foram expostos.





Fonte:Source link