O radialista Romildo Freitas Araújo, um dos grandes nomes da comunicação em Alagoas e referência na divulgação do forró, morreu aos 91 anos nesse sábado (5). A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e pela Associação dos Forrozeiros de Alagoas (Asforral). A causa da morte não foi divulgada.
Natural de João Pessoa, na Paraíba, Romildo fixou residência em Maceió ainda jovem e construiu uma trajetória marcante no rádio alagoano. Em junho de 1961, começou como locutor na Rádio Difusora de Alagoas. Dois anos depois, em 1963, ingressou na Rádio Gazeta de Alagoas, consolidando sua presença nas ondas do rádio e iniciando uma relação duradoura com a Organização Arnon de Mello (OAM) e com os ouvintes de todo o estado.
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Ao longo de cinco décadas de atuação, tornou-se um defensor do forró tradicional, estilo que promoveu com constância em seus programas. O vínculo com o gênero não se restringia à programação: Romildo foi amigo pessoal de Luiz Gonzaga, o rei do baião, cuja influência permeou sua carreira.
“Romildo foi um grande divulgador do forró e seus interesses, através dos seus programas, sempre dedicados ao forró. Descanse em paz, amigo”, lamentou a Asforral em nota.
Além do trabalho na comunicação, Romildo Freitas também atuou na segurança pública. Foi aprovado em concurso e integrou os quadros da Polícia Civil de Alagoas, onde se aposentou.
Era casado com Terezinha Nunes, com quem teve três filhos: o jornalista Roberto Nunes e os músicos Dinho Nunes e Fernando Nunes. Este último, um dos nomes mais conhecidos da música alagoana e nacional, fez uma despedida pública nas redes sociais.
“Meu pai, me despeço do senhor dedicando minha música, minha vida e agradecendo por ter a honra de ser seu filho. Fico com a lembrança da alegria de viver que herdei do senhor. Vá em paz ao som do baião sagrado, que é a sua paixão. Te amo e até um dia”, escreveu Fernando.
O velório teve início ainda na noite do sábado, às 20h30. O sepultamento ocorreu neste domingo (6), às 14h.